terça-feira, 25 de março de 2008

Assumir responsabilidades (III); o pior cego é o que não quer ver

1.
Presidentes de cerca de 20 agrupamentos de escolas e de escolas secundárias do distrito de Coimbra apelaram hoje à ministra da Educação para suspender o processo de avaliação dos professores até ao final do ano lectivo.
Num documento divulgado hoje, após reuniões de presidentes de conselhos executivos, defendem também o «o reatamento imediato do diálogo com a Plataforma Sindical e outras organizações representativas dos professores, a fim de analisar a situação actual e encontrar formas de entendimento».
2.
Os presidentes dos conselhos executivos destas escolas e agrupamentos de escolas do distrito de Coimbra defendem ainda que, «uma vez que não é possível serem cumpridos os requisitos mínimos para a avaliação dos professores contratados, bem como dos professores que completam ainda no presente ano lectivo o tempo necessário para a progressão, propomos que sejam tomadas as medidas necessárias para a sua avaliação nos moldes antigos (Decreto-Regulamentar nº 11/98 de 15 de Maio), de forma a não haver prejuízos para os referidos docentes».
3.
Os professores do agrupamento de escolas de Montemor-o-Velho decidiram também, hoje, suspender todas as actividades relacionadas com a avaliação de desempenho.Em declarações à Lusa, Francisco Queirós, docente daquele agrupamento, explicou que os professores realizaram hoje de manhã uma reunião geral, convocada pelo conselho executivo, na qual foi aprovada uma moção a declarar que não estão reunidas as condições mínimas para prosseguir com o processo. A moção foi aprovada por 94 dos 99 professores presentes.
4.
Muitas posições idênticas, e outras já mais antigas, têm sido amplamente divulgadas na Internet, ora por Conselhos Executivos, ora por Conselhos Pedagógicos, ora por Departamentos.
«Na prática, o processo está parado na grande maioria das escolas», afirmou à Lusa o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
A Lusa tentou contactar a este propósito a ministra da Educação, mas ainda não conseguiu tal feito.
Lusa/SOL
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Nota: Texto abreviado da agência Lusa; ver texto completo in Movimento dos Professores Revoltados.

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