quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Nas tuas, nas minhas, nas nossas

É importante esta concentração. Tem uma especificidade singular. Existem muitas e boas razões para a fazer. Más razões? Não. Nenhuma. Os professores sabem do valor acrescido das suas organizações de classe. Mas sabem também que, contando com elas, não podem esperar sentados que elas actuem sempre, e a tempo, e bem. Até para bem delas. Até para lhes dar vida e força. Vamos a Lisboa?
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Nota: Agradeço a quem me enviou a imagem.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O Verão de S. Martinho

1.
Estes meus regressos anunciados têm sido um pouco exagerados, não têm? E as minhas promessas críticas também, não acham? Poderei desculpar-me, ou não? A verdade é que estive sempre atento, mas sem intervir aqui. A verdade é que já tinha feito as críticas essenciais - a que pouco tenho a acrescentar-, na primavera passada. É só relerem alguns dos últimos textos acerca destes e daqueles.
2.
Gostei da manifestação de sábado passado, dia 8. Gostei mais da outra, que foi a primeira. Esta foi mais uma repetição. Necessária. Repôs a situação em que se ficou a 8 de Março. Quanto tempo desnecessariamente perdido! Mas, na dor, também se aprende e se ganha.
Foi bom ver os professores ultrapassarem - uns engolindo mais sapos, outros engolindo menos - os desencantos provocados pelos acontecimentos posteriores à primeira manifestação. Mas valeu a pena: regressou-se em força à força da esperança em acção; amadureceram-se mais ideias e convicções; avançou-se na necessária unidade; isolou-se mais a política educativa daquela figura, trágica e sinistra, que acha que ainda é ministra; os sindicatos viraram-se novamente para os professores, por devoção ou por obrigação; os partidos foram obrigados a tomar posições mais claras.
3.
Nada está ganho. Mas também nada está perdido. Houve suor e lágrimas. Houve quem tombasse. Houve quem se erguesse. Houve quem se imolasse em protesto solitário contra a resignação anunciada.
Nem suor e lágrimas, nem imolação hão-de ser em vão. Mais tarde ou mais cedo, vamos conseguir, que a força da razão acabará por vencer mandaretes flácidos que a estupidez sustenta.
4.
Hoje é dia de S. Martinho. Venha lá esse verão de S. Martinho aquecer um pouco este inverno do nosso descontentamento. E haja fogueira. E castanhas e vinho. Como deve ser.
Um abraço.