quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um só que fosse, já valia a pena*

BOM DIA, Senhor Tempo.
Certamente conhece muito bem este poema, mas nãoresisti a enviar-lho. É que o debate de ontem, na RTP1 (mais um...), a isso me obriga!
Passe bem.
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QUANTOS SEREMOS?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.

Miguel Torga
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Nota: Poema que a Cova da Moura gentilmente me enviou por mail, e que agradeço. Um abraço agradecido.

3 comentários:

Carpe Diem disse...

Lindo poema
Que fica bem sobretudo devido aos dificeis tempos que passamos
Eu nao quero ser apenas dinheiro para o estado
Nao quero ser apenas mais um que vai nas "cantorias" desses politicos e ministros ( ou neste caso ministra) "manhosos".
Eu vou continuar a lutar para ser aluna (que como qualquer um quer)de vintes, mas que quer consegui-los atravez do suor da sua pele o esforço do seu corpo, e a aprendisagem verdadeira da sua mente e nao devido a supóstas regras que é suposto darem vintes a toda a gente mesmo que sejam alunos de dez.
Nao vou desistir
Um abraço

TempoBreve disse...

Agradeço a tua visita e o teu apoio. E sossega, que isto não é o fim do mundo.
Fazes bem acreditar que o trabalho é importante.
Não desistas de pensar e de sentir.
Não desistas de ser gente.
:-)

Carpe Diem disse...

Tambem não acho que seja o fim do mundo :)
Só gosto de me exprimir bem.
Se calhar, da forma que eu o escrevi parecia.
Mas não era esse o objectivo.
Obrigada pelo elogio
Um abraço.