sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Considerandos e nomes

Não percam tempo com os comentários anexos ao penúltimo texto aqui deixado - Seja a ousadia nossa companheira -, que aquilo, do comentário 3 até ao comentário 6, é uma grande confusão.
O comentário 3, em boa verdade, não é comentário nenhum: é um Projecto de Despacho que envolve professores aposentados e serviços de voluntariado, a mando de suas mercês. E é aí, nesse Projecto, que começa a confusão: nos seus Considerando que, Tendo presente que, Tomando em consideração que, Considerando, ainda, que, Tendo em conta que, Considerando, por fim, que; e naquilo que se determina, logo a seguir aos considerandos.
Aparecem dois nomes, nesse comentário 3: um é o do inefável Valter Lemos, o que o torna verosímil, a ele, ao Projecto, e não a ele, ao Valter em si, que ele, mesmo existindo, será sempre inverosímil; o outro é o do Carlos Seixas que, aparecendo mesmo no fim, e por baixo dum pequeno traço de linha, aparece como sendo o nome de quem me deixou o dito cujo ali no comentário 3. Esta referência aos nomes tem a sua importância, embora o não pareça, quanto à tal confusão.
Ora, que podia eu fazer, que não fosse agradecer o envio de tal coisa? E, desconfiado que estava, limitei-me a agradecer polidamente, naquele comentário 4, acrescentando apenas uma curiosidade minha.
Ora vejam lá então, se estiverem abespinhados, aquele comentário 5. Aquilo é uma confissão descarada. Então não é que o Carlos não foi tido nem achado no envio do Projecto? Foi a senhora Isabel, para ver se eu comentava. Ou se fez passar por Carlos, ou, então foi bem pior. Mas não. Eu nem posso sequer supor nada. Daí não poder referir aquele comentário 6. Não. Não pode ser. Por isso, não o vá ler.
Se você leu tudo até aqui, ou é muito paciente, ou muito condescendente, ou está já com neura certa, de tanto me aturar.
Tudo pode acontecer: eu até compreendo mui bem se me estiver a insultar pelo tempo que perdeu; mas ainda compreendo melhor que mantenha a compostura e esteja até a sorrir; e até pode acontecer que se dê ao masoquismo de ir ler os tais comentários.
Eu cá de mim vou-me embora, antes que se faça tarde. Não quero corrigir nada; quero é tomar café.
Muito obrigado pela paciência da sua atenção.

4 comentários:

Anónimo disse...

Querido Mota,

Eu não gosto de transmutações e o comentário que te deixei sobre o tal projecto é mesmo verdadeiro, quer acredites ou não.Copiei e colei o texto,( não é invenção!)e vinha assinado por Carlos Seixas.Aliás, quando eu e a outra colega, que também te tem em grande estima, lemos o dito projecto achamos que só a cabeça do «inefável« Valter Lemos é que seria capaz de produzir tão precioso ovo de ouro.E o Carlos Seixas existe, só não me perguntes quem é.
O que te posso dizer é que este tipo de raça canina merecia um comentário mais mordaz, daqueles que só tu sabes fazer.
Acredites ou não,quando me visto de pseudónimos eles são Lia, Ibel, gaivoar, qualquer coisa que seja leve e que voe, porque tenho «bandeiras no coração»

Anónimo disse...

Mota, é verdade o que a Isabel diz e hoje mostrava a sua perplexidade pela ausência do tal «comentário mordaz»

TempoBreve disse...

Olá, Isabel!

Espero que não me tenhas interpretado mal, dada a confusão de que falei. A verdade é que não levei aquilo muito a sério, embora, como disse já, aquilo, vindo de onde vinha, me parecesse verosímil. O Projecto é mesmo verdade? Acho que voltarei a ele. Não o vi muito comentado, o que é estranho, pois aquilo é uma peça exemplar da regulamentação burocrática, hipócrita e mesquinha.
Mas acho que voltarei a ele. Nem que seja só por causa do nome do Lemos, isto é, do Valter.
Um abraço para ti, a das bandeiras pregadas num coração tão de seda.

TempoBreve disse...

Olá, Helena!

Eu bem queria ser mordaz, mas nem sempre isso acontece. Não foi o caso desta vez. Desta vez, o que aconteceu foi que eu não acreditei na coisa. Não acreditei, ou não quis acreditar. Aquilo é um bom exemplo de como uma ideia boa pode ser assassinada. Mas talvez volte à questão. Veremos.
Parabéns pelo modo como nos tens dignificado a todos. Às vezes é preciso tomar mesmo posisição. E há posições que nos marcam para a vida inteira.
Um abraço.