sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Sem título e sem texto


10 comentários:

Anónimo disse...

Ui!Mas isto é um assombro!...É um assombro...eu não quero sair daqui.
E agora?Deixou-me suspensa,sabia?
É que eu faço tantas leituras no que estou a ver que já nem me apetece dizer ao tempo o que tem de fazer.
Tempo Breve,você sabe muito,sabia?
E paira tanto violeta no espaço...e está tão bonito!E quebra-nos os olhos e pasma-nos ao vermos esta sintonia policromática.
Vou pedir um desejo.Um não,três.
O tempo,Sr.Tempo,parou aqui.Não vai querer ser B(b)reve,pois não?

TempoBreve disse...

Violeta:

Não posso deixar de ser breve, que essa é a minha condição. Mas aqui vou parar mais um pouco, para ler uma vez e outra este texto que é o seu. Posso assim satisfazer os três desejos que pede, mas que afinal é só um. Mas satisfazer esses desejo é uma satisfação que é minha.
Obrigado pelas palavras que me dá.
Mas olhe que eu não sabia o muito que você diz que eu sei. E, se em vez de me dizer isso a mim, dissesse isso ao macaco, ele ia acreditar, e ia-se apaixonar por quem lhe dissesse isso. Por isso, tenha cuidado.
Obrigado e até.
:-)

Anónimo disse...

Se eu fosse poeta,hoje, no aqui e no agora,pegava na pena e fazia trinta e tal poemas de uma assentada, a que chamaria"sou um guardador de águas".Mas como hoje não sou,porque verti em lágrimas a minha poesia,e porque, ao abrir o tempo, me ficou a alma acanhada de tanta beleza,preciso de afusar o olhar para ver quantas telas se podem desenrolar e quantos enredos se podem desatar deste nó de pedras à beira-mar plantado que o tempo encontrou. Aqui, e agora, a alma pasma e o tempo suspende a respiração, neste espaço de pura unidade e lúcida paixão em granito moldadas.
Obrigada.

TempoBreve disse...

Ibel:

A alma só se acanha naqueles momentos raros em que mergulha o olhar nas fímbrias da plenitude. E quando isso acontece, ao contrário do que parece, não é a alma que se apouca; é a plenitude que entra nela, a aquece e engrandece.

Gostei que tivesse visto - tal como a Violeta viu, no primeiro comentário -, aquelas telas de enredos, que os gigantes de granito têm para nos contar.
E acredite que são lúcidos, os meus gigantes de pedra, que são de granito encantado.

Depois destas suas palavras, o obrigado sou eu.
:-)

Anónimo disse...

Porque é que a arte tem tanta força?
Porque é que a arte espanta?
Porque é que a arte atrai?
Porque é que a arte retrai?
Porque é que a arte amedronta?
Porque é que a arte encanta?

TempoBreve disse...

Porque é arte, Violeta, porque é arte, escondida dentro de nós, e falando de nós e para nós. Se não, então não é arte.

Às vezes dá-se-nos fácil, na forma de uma emoção, na forma de um não sei quê. Mas é só um bocadinho. É só para nos criar o desejo de a procurar mais além. E isso nem sempre é fácil.

Quanto mais a procuramos, mais ela chama por nós, e pouco a pouco se revela, de cada vez numa pele, de cada vez numa saia. Mas temos que ser nós a ouvir a voz com que ela nos chama, pondo-nos depois a caminho.

Podem até dar-nos a mão, mas, em nós chegando a ela, temos que ser nós a entrar, sozinhos por nossa mão.

Quer que eu lhe dê a mão?
:-)

Anónimo disse...

Pedro e Inês amam-se na nudez do tempo que os descobriu das caixas fechadas.Já não são mitos de vermes.Apenas Inês e Pedro e o tempo.Um breve tempo que os pôs num granito encantado para assim ficarem eternamente a olhar o tempo de se amarem.Inês exibe a coroa que amor lhe deu. Pedro ergue troféu fálico, qual o que Adamastor que Tétis desejou, para que o gozo seja eterno como a história que o Amor eternizou.

Anónimo disse...

Beija-flor,Beija-flor...parabéns!Sabem bem palavras doces nos dias de hoje.Adocicam e aquecem os corações tristes e deprimidos,confortam os sonhos agrilhoados neste tempo que não conforta...Pedro e Inês nunca ficaram nas caixas de pedra,não;Pedro e Inês estão onde estiver o amor.Pedro e Inês estão aqui também!
Tempo-Breve,pergunta-me se quero que me dê a mão;tenho tido um veleiro em mim que me tem mostrado geografias medonhas e artes incalculáveis!Incalculáveis,mesmo...quem sabe,um dia?

TempoBreve disse...

Beija-Flor:

Estava escrito no livro do destino que eles se haveriam de erguer de amor triunfantes.
Até parece que conhece esse livro; e que o abriu; e, então, logo eles voaram para o alto da serra, embrulhados em céu.
Linda, esta história que nos contou.
Obrigado pela honra de a ter deixado aqui.
:-)

TempoBreve disse...

Violeta:

Sim. Tem razão nos parabéns que dá a quem é de beijar flores.
O amor anda em todo o lado, às vezes disfarçado de ausência; às vezes brincando; às vezes fingindo. Mas anda.
Ofereci a mão, mas o veleiro é seu. E é você que nele anda. Deixe-o voar.
Obrigado por ter vindo. E até breve.
:-)