Agora é não esmorecer. Agora é continuar. Agora é estar atento. Agora é continuar a agir, cada um em sua escola, da forma que melhor puder ser. Mais ousado ou mais cauteloso, conforme as circunstâncias. Atenção aos mandaretes, que se quererão vingar. Há que ousar. Mas a ousadia não é sinónimo de imprudência - meu Deus, ao que se chegou para se ter que dizer isto!
Acho que devemos fazer tudo, mas tudo mesmo, para mantermos a unidade e a solidariedade entre a maior maioria possível dos docentes. Esses esforços só devem ter por limites a não cedência quanto ao respeito devido à dignidade da função docente; a não cedência na defesa da qualidade e prestígio do Ensino Público; a não cedência na defesa de uma Escola que, na diversidade das suas funções, seja baluarte de uma formação para a vida, da integridade, da responsabilidade, da democracia, da liberdade.
Não me parece que nada mais seja possível com esta ministra e com os seus ajudantes (Bem! Na verdade, eu já não percebo bem quem é que é ministro e quem é que é ajudante).
Quanto ao "orgulho pessoal e aura de autoridade" do Primeiro-Ministro, que o impedirão de demitir a ministra - que já perdeu toda a autoridade para o ser -, isso não são valores, isso não são argumentos que tenhamos que compreender, que tenhamos que aceitar. Sei que não será fácil para para o Primeiro-Ministro demitir a sua ministra. Mas isso é problema dele. E ele, seja mais tarde ou mais cedo, irá ter de responder pelas decisões que toma.
A ministra feriu-se de morte com o veneno agressivo das suas próprias palavras contra os professores, tão de demagogia, tão de omissão, e tão de humilhação. Ontem tornou-se cadáver. Mas pode ser que teimem em conservar esse cadáver, fingindo que ele ainda tem vida. E também como imagem a atiçar a indignação, a atiçar a guerra aberta para perdermos a cabeça, a ver se mais nos isola do resto da população. Até já há quem não consiga olhar para a televisão quando ela aparece.
Mas, atenção. Ela, mesmo só formalmente, mesmo só como cadáver, só poderá continuar a ser ministra com a colaboração activa, ora mais discreta e escondida, ora mais agressiva e aberta de alguns colegas que a apoiam, extravasando as suas funções: falo, principalmente, de alguns coordenadores, que mandaram às urtigas a legitimidade democrática do cargo, e, mais papistas que o papa, já se pensam nomeados, já se imaginam mandaretes sem dar satisfações a ninguém, já se imaginam avaliadores competentes, vá lá saber-se porquê; e o mesmo se pode dizer de alguns conselhos executivos, que têm o mesmo proceder, principalmente alguns presidentes, que já se imaginam "Directores", dotados de "plenos poderes", sendo dum momento para o outro, transformados em "lideres fortes", como se o saber liderar pudesse ser decretado em forma de decreto-lei. Felizmente ainda são poucos. Mas, mesmo poucos já são demais.
Esta ministra tem que sair. Não tem mais condições nenhumas.
E, se o Primeiro-Ministro não conseguir ultrapassar o seu pequeno problema da imagem que lhe contruíram a troco de alguns trocos - a imagem da determinação, a imagem de autoridade -, então a nós só nos resta continuar a lutar, acentuar mesmo a luta, até aos limites possíveis.
Foi bom ter ido a Lisboa.
Digam lá, os que lá estiveram, e estiveram quase todos - ora em presença, ora em espírito -, se não dá para rir ver certas imagens que transmitem, e certos comentários que alguns jornalistas fazem.
Vejam só a afirmação do jornalista dizendo que havia lá muitas pessoas que não eram professores, ilustrando a afirmação com uma entrevista a uma colega nossa, aposentada há doze anos, que estava a apoiar-nos, como se a aposentação lhe retirasse a condição de professora.
E vejam algumas imagens mostrando o Rossio só meio cheio, e ruas com professores seguindo em fila indiana, e com metros de distância a separar uns dos outros.
Ai, esta comunicação social!
Ai esta senhora ministra teimosa, que não se quer ir embora!
Ai, este Primeiro-Ministro que, por causa da imagem plastificada que tem, não sabe como é que se há-de livrar da sua doce, inocente e competente ministra, muito boa a insultar e a humilhar profissões. Coisa que não se pode fazer. Coisa que não vai conseguir.
Não sou de nenhum sindicato. Não sou de nenhum partido. Mas estou de acordo com quem diz que, com esta senhora, e com os seus ajudantes, já nem se pode falar.
Ai estes professores que estão a perder o medo!
domingo, 9 de março de 2008
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18 comentários:
A luta tem que continuar,porque há muitos Sócrates e Lourdinhas que, sem o parecer, estão nas escolas a falar que não, mas a dizer que sim.
Tenho dois colegas que foram apanhados com a boca na botija.Tiraram os cursos das antigas Comerciais, viram-se titulares sem saber ler e agora andam a lixar-nos a cabeça, mas vão dizendo que estão contra o sistema.
Estou afónico mas feliz.
Abraço.
Paulo santos
Caro Paulo!
Eu também estou afónico. E ontem descobri uma qualidade que eu nunca sonhei que tinha. Então não é que de repente, e sem saber muito bem como, eu transformei-me em maestro a marcar frases com ritmo? Acontece-me cada coisa!
Eu também conheço pessoas que são dessa raça. Não por causa dos cursos que tiraram. Mas por causa da hipocrisia e do oportunismo que demonstram. Eu conheço essa raça. É a raça dos candidatos a mandaretes de proveta.
Eu também estou feliz. E a rir-me das imagens que alguns canais vão mostrando. Mas nós estivemos lá, e sabemos como foi.
Estou feliz. Estou afónico. Mas estou preocupado. Temo que os professores - que viveram aquele mar de emoção a dar força à nossa razão -,pensem que aquela marcha imponente tenha resolvido tudo.
Por isso, a luta tem de continuar mesmo.
Um abraço.
Amanhã é dia de cada um na sua escola, de forma inteligente mas determinada continuar a luta.
Interpelem os vossos conselhos executivos, os vossos coordenadores de departamento e os vossos representantes na assembleia. E usem o código do procedimento administrativo para atacar as medidas ilegais e retardar e impugnar as decisões ilegais.
Mais em http://fjsantos.wordpress.com/2008/03/09/segunda-feira-e-dia-de-continuar-a-luta/
1 - A propósito do comentário do fjsantos (3º.) comentário, tentarei transcrever aqui alguns dos procedimentos que poderão ser seguidos.
2 - Reforço a importância de, como ele diz, "cada um na sua escola, de forma inteligente, mas determinada, continuar a luta"
Força colegas! A luta continua em todas as frentes. Até ao fim.
E agora?
E agora é não esquecer que o luto e a luta continuam.
Eu estive sempre "lá" e a chorar como uma das tuas videirinhas quando os piscos não cantam e os granitos não encantam.
Vamos a isto com a força da paixão, que é o melhor da vida.
Grande Abraço.
Como já tenho dito, a manifestação foi apenas o primeiro passo dum longo caminho a percorrer.
Penso que, nas Escolas, é preciso confrontar os colegas que ocupam cargos com a sua condição de Professores. E fazer tudo para parar a implementação do sistema de avaliação e de gestão escolar.
No entanto, isso não basta.
Há que repensar a Escola, propondo e discutindo altenativas.
Há que acabar com a falta de exigência e de qualidade no Ensino, etc., etc.
Fui delegada sindical e não sou contra os Sindicatos. Mas, agora, não me parece que se possa deixar nas mãos deles as negociações com o Ministério. Por isso, é necessário ter propostas pensadas, a partir dos problemas reais das escolas. Só assim os Professores podem tomar as rédeas do seu destino e defender o Ensino Público de qualidade.
Peço desculpa, mas isto não está a sair muito bem, porque começou um programa sobre o Liceu Pedro Nunes, na RTP1, que quero ver.
Havemos de falar mais tarde.
É bom ler o que escreve. Gostava que iniciasse aqui a discussão daquilo que é preciso mudar na Escola. Com a participação de todos, é possível mudar as coisas.
Um grande abraço.
Olá, Lia!
O luto é necessário, que quem não se sente não é filho de boa gente. Mas só é necessário se for para dar força à luta. E a luta continua. Não sabemos como vai acabar. Mas sabemos que desta luta uma luz há-de surgir. A escola não será mais como dantes. E nós queremos que seja melhor.
Temos que mostar que resistimos, mas que não desistimos dos nossos alunos.
A "política da Educação" deste governo está a paralizar as escolas. Instalou já nelas uma grande confusão. Não sei se ainda vamos a tempo de evitar que o ano lectivo seja um verdadeiro simulacro. Claro que os seguidores da ministra gostariam até que isso acontecesse para culpar a imensa maioria dos professores que protestam. A ministra agradeceria. Mas nós não vamos deixar. Nós somos experientes e resistentes. E vamos lutar em duas ou três frentes. Vamos arregaçar as mangas e fazer um esforço ainda maior dentro da sala de aulas. Até ao limite das nossas forças.
E vamos chamar à razão os colegas transviados, que se esqueceram da sua condição essencial e nobre que é a de serem professores, e não funcionários executores de desvarios reformistas,apressados,e irresponsavelmente sem norte, só para dizer que "reformam", numa teimosia tonta que revela insegurança.
A ver vamos.
Um abraço.
Elisabete!
Eu acho que estou a ver o mesmo programa que você.
Veja o comentário que escrevi acima. Não responde ao que solicita. Mas vamos pensar no que diz.
Ontem lembrei-me de si, em Lisboa, quando tirei uma fotografia a um grupo de mulheres e homens,todos eles professores, que estavam a dançar em roda, e no meio deles um colega, muito compenetrado, a tocar gaita de foles. Meti-me dentro da roda, tirei-lhe uma fotografia, e atirei-lhe de repente: - Então de onde é que sois? E ele, num gesto rápido, tirou a gaita da boca, sem interromper a música, e disparou contra mim: - Do Porto. E eu lembrei-me de si.
As suas questões são pertinentes. Temos que pensar no assunto. Mas temos que parar esta loucura. Se não não adianta pensar em nada. Temos que fazer as duas coisas, o que não é tarefa fácil.
Mas nós vamos fazer isso.
Eu estou quase a sufocar com tantas solicitações. Não tenho tempo para responder a todos. Está a vir cá muita gente. E a maior parte das pessoas contacta-me por E-mail. Onde raio é que eu vou arranjar tempo para responder a todos?
Até mais. E durma bem.
Gracinda Castanheira:
Também "Não sou de nenhum sindicato. Não sou de nenhum partido. Mas estou de acordo com quem diz que, com esta senhora, e com os seus ajudantes, já nem se pode falar.
Ai estes professores que estão a perder o medo!
Espero bem que ninguém volte a ter medo depois de tal união.
TEMPO BREVE,BREVE É O TEMPO QUE TEMOS PELA FRENTE PARA A LUTA.
Como titular e elemento do pedagógico vou proceder ao levantamento de todos os titulares,à formação académica de cada um, à formação profissional, para provar que com o que existe nas nossas escolas, nenhuma avaliação séria pode ser feita mesmo para as grelhas da senhora ministra...
Pode-me fornecer o seu mail?
Abraço livre sem medo
Colegas, para discutir estes e outros assuntos relacionados com a educação e com os professores, visitem a Sala dos Professores em www.saladosprofessores.com!
Já somos mais de 12.000 professores registados e a participar activamente no fórum! Juntem-se a nós e registem-se! Quantos mais formos mais alto se ouvirá a nossa voz da razão!
Notícia interessante
Lisboa, 10 Mar (Lusa) - A maioria dos estabelecimentos de ensino pediu o adiamento do processo de avaliação dos professores, alegando "grandes dificuldades" na sua aplicação este ano lectivo, revelou à Lusa o presidente do Conselho das Escolas (CE).
"A maior parte das escolas afirma não estar em condições de avançar e, por isso, solicita que a aplicação do processo arranque apenas em 2008/09", afirmou Álvaro Almeida dos Santos.
Segundo o responsável deste órgão consultivo do Ministério da Educação (ME), as "grandes dificuldades" sentidas pelas escolas e invocadas para justificar o pedido de adiamento prendem-se com "a falta de maturação dos instrumentos, a ausência de recomendações específicas do Conselho Científico [para a Avaliação de Professores] e a complexidade de todo o processo".
Os problemas reportados levaram o CE a requerer à tutela uma reunião extraordinária, a realizar quarta-feira, na qual vai salientar "a necessidade de serem dadas condições para o desenvolvimento mais eficaz da avaliação".
Em declarações à Lusa, também Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), garantiu que "a grande maioria das escolas não está a avançar com o processo".
"Umas nunca chegaram a iniciá-lo, outras decidiram suspendê-lo. É totalmente residual o número de escolas que aprovou os procedimentos de avaliação e que está a avançar. Se forem 20 a nível nacional, já será um número por cima", assegurou.
Num documento aprovado por unanimidade na semana passada e dirigido à ministra da Educação, o agrupamento de escolas da Pontinha, por exemplo, manifesta "a sua apreensão relativamente ao cumprimento dos procedimentos estabelecidos no decreto" que regulamenta a avaliação de desempenho, considerando que este processo "não é compatível com tempos escassos e orientações genéricas".
"Concentrando-se todo o processo de avaliação no 3º período, ele gerará uma turbulência e desorientação na vida das escolas que em nada beneficiará a melhoria dos resultados escolares e a qualidade das aprendizagens dos alunos", refere o documento, assinado pelos conselhos executivo e pedagógico deste estabelecimento e já enviado ao ME.
Neste sentido, o agrupamento de escolas da Pontinha propõe "que seja adiado o processo de avaliação de desempenho do pessoal docente, entretanto iniciado, para momento posterior ao da publicação de todos os documentos, regras e normas legais", pedindo ainda que seja concedido um "período de tempo mínimo" para a adequação e actualização dos instrumentos de regulação internos.
Idêntico pedido deverá ser aprovado esta semana pela escola secundária da Gafanha da Nazaré, depois de o conselho executivo ter admitido "muitas dificuldades" em implementar o processo.
"Hoje de manhã, numa reunião informal, houve uma manifestação pública por parte dos docentes relativamente à necessidade de suspender a avaliação este ano lectivo, já que neste momento é totalmente inviável prosseguir o processo. Deverá ser aprovada uma deliberação nesse sentido, na próxima reunião do conselho pedagógico", disse à Lusa Vítor Januário, professor de Português naquela escola.
Já na básica do 2º e 3º ciclos da mesma cidade, a presidente do conselho executivo admite que tudo está a andar "muito devagar", não tendo sido ainda aprovados os instrumentos de registo e indicadores de medida.
"Não estamos a fazer muito para que o processo avance. Tenho esperança que venham outras directrizes ou uma tomada de posição do primeiro-ministro. Alguma coisa deve estar para mudar depois da manifestação", afirmou Ana Seabra.
Os problemas relacionados com esta matéria estão igualmente a ser sentidos na secundária Dona Maria II, em Braga. Numa reunião realizada na passada quarta-feira, os professores do departamento de Línguas pedem a suspensão "imediata de toda e qualquer iniciativa relacionada com a avaliação".
No documento, já subscrito por 55 docentes da escola, cerca de 60 por cento do total, os professores alegam, nomeadamente, que o modelo de avaliação é "tecnicamente medíocre", contém "critérios subjectivos" e permite que os avaliadores sejam menos qualificados do que os avaliados, na sequência das "injustiças" verificadas no concurso para titular.
A Lusa tentou contactar o ME, o que não foi possível até ao momento.
JPB/MLS.
Lusa/Fim
Como diz Marcelo Rebelo de Sousa" Se todos os professores se recusarem a cumprir, Sócrates não pode despedir 1oo mil professores".
Eu também estou afónica.E também marquei frases de ritmo numa toada que entrava e contagiava.Dancei ao ribombar dos tambores e da gaita(lindíssima)de foles dos nossos colegas de Trás-os-Montes,enquanto o desfile estava parado.Estávamos ali,de todos os cantos e recantos de um Portugal que esperava pelo sinal.E o sinal abriu as portas,não a Abril,mas a um Março oito de sábado de 2008!Abriu as portas à voz do povo professor!
Quem deu o sinal? De onde veio? Porque se deu?
Não colegas,agora não vamos parar.Não conseguimos.Já é tarde para travar a força que nos move.O medo foi-se deixando ao ritmo da passada.É verdade.Eu senti isso.Nós sentimos isso.Todos os que lá estiveram,obtiveram essa «indulgência».Perdemos o medo. Parafraseando Marcelo Rebelo de Sousa:«Se todos os professores se recusarem a cumprir,Sócrates não pode despedir 100 mil funcionários.»
A luta vai continuar,sim!
Há que lutar,professores deste país!
Cara Gracinda!
Obrigado por teres vindo aqui a este lugar solitário.
Quanto mais breve é o tempo, mais temos que o aproveitar. Mas temos que ter cuidado. Não podemos cometer erros.
Chegou a hora de gritar aos quatro ventos o orgulho que regressa - o orgulho de ser professor. Mas esse grito tem que conter a qualidade que sabemos ter, e a responsabilidade que nos obriga a defender, em nome deste país, a dignidade e qualidade de um Ensino Público a sério.
O meu e-mail está no meu perfil. Mas usa o "tempobreve.blogspot.com", pois os outros já não "aguentam".
Dá um abraço por mim aos colegas da tua escola que foram connosco a Lisboa. Dá outro ao teu marido. E dá um especial ao meu querido amigo, o Zé Machado.
Um para ti também.
Nota: Divulga a notícia da agência Lusa que publiquei no neu blogue.
Sala dos Professores:
Obrigado pelo relevo que deram à tomada de posição do Departamento de Línguas e Literaturas da Escola Secundária D. Maria II, Braga.
Também me vou inscrever na "Sala dos Professores".
Um abraço para todos.
Regina:
Não sei se você é a jornalista da Agência Lusa que me contactou, ou se é colega minha. Mas sei que lhe estou muito grato pela "Notícia Interessante" que me enviou.
Se é jornalista, não estranhe o agradecimento. É que nós estamos em desvantagem em relação às "grandes figuras públicas" que nos maltratam diariamente, fazendo afirmações bombáticas, sem que as fundamentem. Não custa nada bater em quem não tem as mesmas armas que eles para se defender de igual para igual. É que, de igual para igual, eles não nos metem medo.
Mais uma vez obrigado.
Cara Ibel!
Sócrates não pode despedir 100.000; Sócrates não nos vai calar.
Sócrates pode acirrar-nos todos os seus defensores; Sócrates pode "encerrar-nos" nas Escolas -começo a escrever Escolas em maiúscula -, sem lugar para trabalharmos.
Mas tem um pequeno problema: não pode calar-nos a voz; nem pode obrigar-nos a pensar o que ele pensa. Se é que pensa.
Cara Eduarda!
Eu estou em dívida contigo e com o José Coimbra.
Há muitos anos que eu não gritava: Portugal! Portugal!; há muitos anos que eu não cantava, embora já estivesse sem voz, o Hino Nacional.
Esta luta dos professores, nunca foi "só" pelos professores. Mas agora também não é só uma luta pela Educação: é uma luta pela racionalidade; é uma luta por valores do humanismo; é uma luta pela liberdade de pensar; é uma luta contra a arbitradiedade prepotente do "posso quero e mando", com tiques de autoritarismo, tão próprios de quem é fraco.
Um abraço.
Nota: Lê os comentários; lê a notícia da Agência Lusa.
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