Aquela fotografia nas Peles não ficou bem. Improvisei. É uma fotografia de uma fotografia. Não consegui melhor. Mas vou conseguir. Depois, troco-a.
O que interessa são os dizeres que nela se vêem: os explícitos na legenda e na imagem; os implícitos, ainda mais nossos, a espreitar por entre as letras e por entre as imagens que a fotografia mostra.
Dava uma história, esta fotografia. Ai, dava, dava! Eu já me ri bastante a imaginá-la. Mas mandaram-me calar. E eu tive que.
Passou o momento. Fugiu-me o ritmo, e perdi o tom. Pode ser que voltem, os malandrecos, que ma anunciaram alegre. Você não os viu por aí? É que a fotografia está mesmo mesmo a pedir uma história.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
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8 comentários:
O galo andava danado,mas não despia a pele de pavão ,e muito menos a pose.No seu galinheiro mandava ele que para isso o elegera a bicharada "de rabos sentados em cima dos cérebros", pose estudada e cegamente obediente , que galo como aquele não se via há mais de três décadas!
As galinhas é que se desagradavam por falta de choco...
Das espécies fêmeas, havia uma coelha dos lados da inducação(era assim o nome da sua terra) que gostava do galo porcausa que ele sempre a distinguira com deferências especiais e até se empoleirava no galinheiro para a defender quando a restante animalada a atacava.
Vai daí a coelha,que era assanhada vá-se lá entender as más línguas, um dia que apanhou o pavão-galo de crista eriçada a tentar fugir aos apupos da lacaiada reles e ressaibiada das suas habilidades independentemente conseguidas, aproveita a ocasião para lhe demonstrar às escondidas toda a sua espavorida excitação e veneração. O que ela não contava era com a câmara indiscreta de um fotógrafo maroto e de uns dedos maliciosos de um jornalista indiscreto.
Fada Boa:
Vou colocar este texto no seu devido lugar. Isto é, vou colocá-lo no sítio dos meus. Será assinado pelo nome que o assina - o seu. Se quiser alterar o seu nome, é só avisar-me.
Eu sabia que a fotografia haveria de encontrar uma história. Só não sabia é que haveria de a encontrar tão rápidamente.
Obrigado pela ajuda. É que aquele título era quase promessa.E eu não ia ter tempo.
:-)
Mas já alguém avaliou o perfeito e absoluto equilíbrio das funções mentais do coelho ou da coelha, que ainda não foi estipulado de que género estamos na presença, e mais importante ainda do galo, ou talvez da galinha? Qual deles, se algum, teria lugar na Casa Verde de Simão Bacamarte?
Provavelmente não se trata de nada disso, deve ser dos óculos do coelho, coelha, ou da falta deles, cá para mim, acho que se trata apenas de um engano, proporcionado pela falta de visão. A escassez da chuva tem essas conseqüências, escassez nas cenouras. E o que os olhos nao vêm, os dedos sentem...
Realmente, se o galo for galinha e o coelho for coelhinha, isto vai precisar de outra história, senhor tempo, vai vai! Isto está a parecer um nó difícil de desatar.
O que vale é que nos andam a treinar para isso faz tempo. E com requintes de sadismo.
Os animalitos não mereciam nada disto. Tão lindos no seu envolvimente e na sua "alegre inconsciência".
Ò galo, ó coelho,o tempo é tão breve e as saias são sete!
Seja em vós o momento que em vós se promete.
Olá, S.
Há dúvidas ainda. Sabe que a teoria de Simão Bacamarte foi-se reformulando. Não se sabe se os da fotografia estão naquela fase da teoria em que qualquer distúrbio, por leve que seja, leva à Casa Verde; ou se já estamos na fase mais avançada em que os loucos é que são "sãos" e são soltos, e os que são "sãos" é que são loucos e presos.
Podem muito bem ser também que já se esteja na última fase em que tudo está louco e, por isso, toda a loucura é cientificamente normal.
Mas pode ser do tempo, como diz: da chuva e das cenouras.
Vale a pena ler "O Alienista", não vale?
:-)
Olá, Mini:
Tem razão. Já há pelo menos duas histórias: a do coelho ser fêmea a atrever-se ao galo que se pensa pavão; e a do coelho ser fêmea, que enraivecida, ataca o galo por ele teimar em ensinar o canto da voz matinal aos pintos mais novos.
Calro que pode haver outras histórias, onde, inclusivamente, o galo possa ser galinha. Como, aliás já pode adivinhar na segunda história, só aflorada. Mas há outras histórias. Há, sim, senhora doçura!
Pode ser que ainda venham! Pode ser que ainda venham!
Sim, os animais não têm culpa nenhuma destas más línguas que por aqui aparecem.
Eu bem avisei que aquilo não era alegoria. Mas ninguém acreditou em mim. Foi certamente a legenda que está na fotografia. Eu esqueci-me de a retirar,e olhe no que isto deu! Uma irresponsabilidade, a minha!
Sim, o tempo é breve. E as saias são sete. E as peles também.
Mas há sempre quem dê uma ajuda, não há?
:-)
Venho esclarecer que para mim, aquilo não é um galo mas sim galinha !!
:-)pp
Anónimo, meu caro:
Eu já admiti isso. Você pode bem ter razão.
Mas, se uma é galinha e a outra coelha, então teremos de arranjar mais histórias ou, pelo menos, reenquadrar as já referidas.
E eu não me posso meter nisso agora. Mas nunca se sabe.
Você é um maroto.
:-)
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