tag:blogger.com,1999:blog-7823934748715137166.post4668480929768456693..comments2023-10-02T11:24:44.400+01:00Comments on TempoBreve: Os maios de MaioTempoBrevehttp://www.blogger.com/profile/06417975834469813851noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7823934748715137166.post-21645778642095272802009-05-04T20:18:00.000+01:002009-05-04T20:18:00.000+01:00Ibel!
O que me deu mais trabalho foi a fotografia....Ibel!<br />O que me deu mais trabalho foi a fotografia. Tinha que traduzir a tradição, mas tinha que ser digna, e sem artifícios. Depois, foi só pô-la aqui. Mas eu queria uma ou duas frases. Curtas. Tipo legenda. E, então escrevi: "Maio tem que se lhe diga; os maios muito mais".<br />Era para ficar assim, que já era tarde, e o que ficava era um bom pretexto para, dias depois, escrever qualquer coisa sobre as tradições dos maios de antigamente, e que ainda persistem na forma de vestígios apenas.<br />Era para ficar assim, mas não ficou. Saiu mais uma frase, e mais outra em paralelo. Apanhei o ritmo. E escrever com ritmo, em o apanhando, torna-se mais fácil. E fui por ali fora, ou por ali abaixo. E saiu-me aquilo. Era já tarde, e não quis corrigir. Ficaria para depois. <br />Ora, quando aqui vim e li o teu comentário, vi que tinhas feito um lindo e leve poema (leve, mas com peso), jogando com algumas das minhas palavras, e dando-lhes a graça que eu não soube dar-lhe. Li-o duas vezes. Só depois é que reparei que as palavras que usaste eram exactamente as mesmas que eu tinha usado. Até a pontuação. Fiquei espantado, pois eu li o teu poema como se fosse um texto muito diferente do meu. Como é que tu consegues, com as mesmas palavras, nos mesmos lugares, e com a mesma pontuação, fazer um texto outro, diferente, e mais substantivo e belo?<br />Eu já tinha lido sobre esta questão numa das minhas leituras sobre o D. Quixote. Mas o que li era uma teoria. E o que tu fizeste foi uma demonstração de que ela, essa teoria, tem aplicação.<br />Agora já não posso, nem quero, mudar coisa alguma. Vai ficar assim. O poema é teu.<br />Talvez lhe ponha um título, mas ainda não sei qual. <br />Um abraço.TempoBrevehttps://www.blogger.com/profile/06417975834469813851noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7823934748715137166.post-73780445973147751772009-05-03T01:24:00.000+01:002009-05-03T01:24:00.000+01:00Que belo poema de Maio e dos maios! ó Tempo, tão l...Que belo poema de Maio e dos maios! ó Tempo, tão leve quanto breve...<br /><br />Maio tem que se lhe diga;<br />os maios muito mais.<br /><br />Maia lhes deu nome;<br />Flora os abençoou. <br />Têm sopro divino,<br />cobrem-se de flores,<br />enchem-se de aromas.<br />O sopro nos atrai,<br />as flores nos chamam,<br />os aromas nos guiam.<br />Mas só se oferendam <br />a quem delicado<br />souber procurar. <br />Têm tudo isso,<br />o mês e os maios,<br />mas os maios têm mais:<br />raparigas os curvam diversos<br />em anéis toroidais.<br />Só então os cobrem <br />de veludos raros,<br />onde depois bordam, <br />com fios de seda, <br />da seda mais pura,<br />montículos de folhas,<br />das folhas mais finas,<br />donde emergem flores,<br />das mais lindas formas, <br />das mais lindas cores. <br />São assim os maios<br />que as raparigas tecem. <br />Tecem-nos tão lindos,<br />que se tecem neles.<br />E é por isso que, <br />enquanto os tecem, <br />lhes vão pondo véus.<br />São os véus de Maia. <br />Mostram o que mostram.<br />Mostram aparências.<br />Mas quem for esperto<br />pode chegar à essência,<br />afastando os véus. <br /><br />ABRAÇOIbelhttps://www.blogger.com/profile/08488420320812870926noreply@blogger.com